quinta-feira, 12 de junho de 2014






Maleficent



Ir ao cinema hoje em dia me faz voltar ao tempo em que isso era feito com um misto de expectativa e mistério (não se tinha àquela época, as informações sobre a história, atores etc). Esse evento era acompanhado de um certo glamour. Para se ter uma ideia, mesmo com o clima quente do Nordeste, usávamos luvas curtas, de organza, carteira combinando com os sapatos. Era um "acontecimento" na pequena cidade do interior.
Pois, então, quando vou ver um filme, sinto-me um pouco criança outra vez. Vi o anúncio do filme Maleficent,  fiquei animadíssima! A versão moderna de “A bela adormecida”. O mais interessante é que sempre guardamos na lembrança a figura central da princesa que foi adormecida. E aí vemos um filme cujo foco está na figura da Maléfica que, a princípio, nem era má. Some-se a isso, a figura da belíssima Angeline Jolie em uma interpretação magistral.
Não sou expert em cinema, por isso limito-me a deixar aqui as minhas impressões sobre a história que nada mudou em relação à  eterna luta  entre o bem e o mal, evidenciando os sentimentos negativos ligados ao poder à inveja, à ambição, à vaidade ferida, à vingança.
Embora sejam dois trabalhos distintos – o desenho e o filme – permanecia na minha cabeça o fantástico dessa história infantil: o reino, os reis, as fadas, a princesa em suas diversas fases da vida, o príncipe, o cenário fantástico, o clímax na hora da maldição e o fantástico final romântico.
E eu, ali, esperando o instante mágico em que o poder da maldição é quebrado pelo beijo do príncipe apaixonado.
Voltei aos tempos de menina, mas o encantamento quebrou-se. Volto à realidade. Não existem príncipes encantados. Nunca existiram. Estamos diante de um conto da fadas moderno.  
No entanto, isso não desmereceu o filme . Antes, me levou repensar a vida, a manter o foco na realidade e, sobretudo, a sopesar as nossas atitudes e, principalmente,  a relembrar que a todos nos é ofertada a chance de mudar.

O desfecho surpreendente fica por conta da universalidade do amor, cuja dimensão ultrapassa a visão romântica que se tem desse sentimento.