segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Brincando com as palavras


Por Elba Gomes

Para as mães, os pais, os avós, os tios, os professores…
Desde a mais tenra idade, a criança está exposta às cantigas de ninar, às rimas, à musicalidade. Cantar para o bebê é uma atividade ancestral. Hoje é cada vez maior o número de mães que conversam com seus bebês, ainda no útero, cantam para eles e lhes contam histórias.
À medida que cresce, a criança começa a entrar, cada vez mais, no universo sonoro da poesia, considerando, aqui, os poeminhas, as canções de ninar, as canções de brincadeiras, as parlendas, as adivinhas, os trava-línguas. Todos estimulando as crianças a desenvolver o imaginário infantil, e a construir as sonoridades exploradas no texto poético.
 É inestimável o papel que a repetição de sons, em rimas e alterações, desempenha na educação musical, em que o ritmo e a sonoridade marcam o compasso da música-poema. Além disso, a linguagem desempenha outro importantíssimo papel: traduz em imagens o que a poesia suscita.
Em resumo, o poema deve ser uma verdadeira brincadeira com as palavras.
sapo137

E, agora, que tal esse “Poeminha pelo avesso”?
O Sapo não lavou o pé
Porque na lagoa tinha Jacaré
O Patinho Feio só viu o que viu
Quando um dia no lago caiu
A Branca de Neve só acordou
Depois que o espelho falou
O Gato ficou sem as botas
Porque contou muitas lorotas
A bela princesa não dormiu
Até que o príncipe surgiu
A Gata Borralheira achou o sapato
Escondido no meio do mato
A Chapeuzinho Vermelho tirou a capa
Quando viu o lobo mau na mata
O Saci-Pererê tinha cachimbo de cipó
Porque andava numa perna só
O nariz do Pinóquio cresceu
E a mentira não apareceu
Se não entendeu direito
Repita esta quadrinha:
“Entrou pela goela do pinto
Saiu pela goela do pato
Seu Rei mandou dizer
Que contasse mais quatro”
Elba GGomes
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Imagens: reprodução

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