segunda-feira, 14 de março de 2011

A magia da poesia


Um poema de Paulo José Cunha


A flor


Nem bem se vê nascida
e a flor já se enfloresce
e se reflora,
envaidecida.

E nunca morre
(flor não morre)
mas suavemente,
como se em prece,

a flor

fenece

e se desflora.

Ou se deflora
à centelha
da semente
de abelha
ou beija-flor.

E assim,
inseminada,
refloresce,
resplendora,
renasce em nova flor

e flora.

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