Um poema de Paulo José Cunha
A flor
Nem bem se vê nascida
e a flor já se enfloresce
e se reflora,
envaidecida.
E nunca morre
(flor não morre)
mas suavemente,
como se em prece,
a flor
fenece
e se desflora.
Ou se deflora
à centelha
da semente
de abelha
ou beija-flor.
E assim,
inseminada,
refloresce,
resplendora,
renasce em nova flor
e flora.
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