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Raimundo Gadelha, Elba GGomes e Wilson Pereira |
A Casa de Autores recebeu, no dia 15 de outubro, a visita do escritor e poeta Raimundo Gadelha, da Editora Escrituras/Girafa. Para recepcioná-lo, foi oferecido um Sarau poético na residência de Íris Borges, Coordenadora da Casa.
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João Bosco Bezerra Bonfim , Raimundo Gadelha e Wilson Pereira |
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Ìris Borges, Rosângela Vieira e Vera Lúcia Dias |
Nada melhor que compartilhar com pessoas amigas momentos poéticos num clima de descontração, com conversas agradáveis e troca de ideias.
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Raimundo Gadelha lendo um de seus poemas |
Foi uma noite agradável em que os escritores presentes brindaram a noite com poemas e música.. Esperamos que esses encontros se repitam.
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Wilson Pereira poetando sobre Minas Gerais |
É um privilégio poder sair da rotina do dia a dia e entrar numa dimensão maior.
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Rodolfo e Edna Rezende |
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Marilda, Tatiana Oliveira, a pequena Luísa e Alessandra Roscoe |
Agradecemos à anfitriâ a acolhida poética.
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João Bosco, Elba GGomes, Gadelha e Wilson |
Como já dizia Albert Einstein: " Uma mente que se expande nunca voltará ao seu tamanho original", com tantas mentes brilhantes presentes nesse jantar poético, imagino que tenha sido uma "explosão" de poesias.
ResponderExcluirParabéns a todos pelo bonito e harmônico encontro. Que vem mais...
RESUMIDAS IMPRESSÕES: Vida Útil do Tempo, Raimundo Gadelha
ResponderExcluirPor Fernanda Matos
Vida Útil do Tempo:
Vida Útil, tudo - eu vivo.
Tempo inútil, as lamúrias – eu choro.
O tempo cura tudo – eu espero.
Simplesmente – eu imploro.
Amor e o tempo:
Edificante felicidade – eu busco.
Espelhos embaçados, a dor – eu tento ver.
Desenho da ausência – eu esboço.
Sem motivos e apesar dos sonhos – eu justifico.
Questão de tempo, vida cíclica – eu barganho.
Resíduos residenciais, creme ou amarelo? Frio – eu resto.
Posta restante, insistente humilhação – eu, a negação.
Dualidade, o bom e o ruim juntos – eu, a realidade.
A mulher do binóculo, não há nada perto – eu defendo.
Chamada não atendida, de madrugada – eu não atendo.
Tristura, triste feiúra – eu adentro a mistura e o mistério.
Cultivo, no barril de carvalho – eu me maturo presa ao tempo.
Mescla de Verde e Azul, entre o ver e o sentir – eu, a aceitação.
Fotos coloridas, fechadas velhas gavetas – eu entreabro gavetas vazias.
Pleno sentido – eu sorrio também.
Tempo e Memória:
Cigano vento, leva e traz – eu viajo.
No olhar do cavalo quase morto – eu sobrevivo.
Refração, o absoluto que nunca se repetirá – eu relativizo.
Luz e sombra, você me apagou – eu ilumino.
Exercício, a espera sem esforço – eu me esforço.
Asas da memória, antigas tristes histórias – eu as levo embora.
Soledade, do que não passou – eu, saudade.
Quintais, mães trabalham, pais não estão – eu estendo outras cobertas.
Trajetórias, linhas cruzadas – eu tenho as minhas.
Sumidouro, casa de espelhos, mansão do terror – eu me transformo.
Nau frágil, sentir – eu me fortaleço.
Estampa no não ter sido, nós fomos – eu estanco a ferida.
Instante, segredos do tempo – eu cicatrizo.
Efêmero, até mosca passa – eu passei.
Olhar, de pedra laminada ou sedimentada – eu marco o tempo.
Momento em lentes espelhadas, reflexos – eu embranqueço.
Átimo, átomo, parte do todo – eu atino.
Tempo, templo de saudade, passado – eu, presente.
Inserção, pulga de vira-lata – eu, universo.
O pensamento, o que pensar? – eu sinto.
Devaneio, passeio sem rumo – eu freio.
Palavras e Pigmentos, amor, adeus – eu amaldiçôo.
Suspeições, suspensões – eu peço altas.
Brinco, na orelha – eu escuto.
Cristal, frágil e colorido – eu cristalino.
Vida Útil do Tempo – eu temporizo.