sábado, 16 de outubro de 2010

Sarau poético com Raimundo Gadelha, da Editora Escrituras/Girafa

Raimundo Gadelha, Elba GGomes e Wilson Pereira

A Casa de Autores recebeu, no dia 15 de outubro,  a visita do escritor e poeta Raimundo Gadelha, da Editora Escrituras/Girafa. Para recepcioná-lo, foi oferecido um Sarau poético na residência de Íris Borges, Coordenadora da Casa.
João Bosco Bezerra Bonfim , Raimundo Gadelha e Wilson Pereira

Ìris Borges, Rosângela Vieira e Vera Lúcia Dias
Nada melhor que compartilhar com pessoas amigas momentos poéticos num clima de descontração, com conversas agradáveis e troca de ideias.
Raimundo Gadelha lendo um de seus poemas
Foi uma noite agradável em que os escritores presentes brindaram a noite com poemas e música.. Esperamos que esses encontros se repitam.

Wilson Pereira poetando sobre Minas Gerais
 É um privilégio poder sair da rotina do dia a dia e entrar numa dimensão maior.
Rodolfo e Edna Rezende

Marilda, Tatiana Oliveira, a pequena Luísa e Alessandra Roscoe
Agradecemos à anfitriâ a acolhida poética.
João Bosco, Elba GGomes, Gadelha e Wilson

 





2 comentários:

  1. Como já dizia Albert Einstein: " Uma mente que se expande nunca voltará ao seu tamanho original", com tantas mentes brilhantes presentes nesse jantar poético, imagino que tenha sido uma "explosão" de poesias.
    Parabéns a todos pelo bonito e harmônico encontro. Que vem mais...

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  2. RESUMIDAS IMPRESSÕES: Vida Útil do Tempo, Raimundo Gadelha

    Por Fernanda Matos

    Vida Útil do Tempo:
    Vida Útil, tudo - eu vivo.
    Tempo inútil, as lamúrias – eu choro.
    O tempo cura tudo – eu espero.
    Simplesmente – eu imploro.

    Amor e o tempo:
    Edificante felicidade – eu busco.
    Espelhos embaçados, a dor – eu tento ver.
    Desenho da ausência – eu esboço.
    Sem motivos e apesar dos sonhos – eu justifico.
    Questão de tempo, vida cíclica – eu barganho.
    Resíduos residenciais, creme ou amarelo? Frio – eu resto.
    Posta restante, insistente humilhação – eu, a negação.
    Dualidade, o bom e o ruim juntos – eu, a realidade.
    A mulher do binóculo, não há nada perto – eu defendo.
    Chamada não atendida, de madrugada – eu não atendo.
    Tristura, triste feiúra – eu adentro a mistura e o mistério.
    Cultivo, no barril de carvalho – eu me maturo presa ao tempo.
    Mescla de Verde e Azul, entre o ver e o sentir – eu, a aceitação.
    Fotos coloridas, fechadas velhas gavetas – eu entreabro gavetas vazias.
    Pleno sentido – eu sorrio também.

    Tempo e Memória:
    Cigano vento, leva e traz – eu viajo.
    No olhar do cavalo quase morto – eu sobrevivo.
    Refração, o absoluto que nunca se repetirá – eu relativizo.
    Luz e sombra, você me apagou – eu ilumino.
    Exercício, a espera sem esforço – eu me esforço.
    Asas da memória, antigas tristes histórias – eu as levo embora.
    Soledade, do que não passou – eu, saudade.
    Quintais, mães trabalham, pais não estão – eu estendo outras cobertas.
    Trajetórias, linhas cruzadas – eu tenho as minhas.
    Sumidouro, casa de espelhos, mansão do terror – eu me transformo.
    Nau frágil, sentir – eu me fortaleço.
    Estampa no não ter sido, nós fomos – eu estanco a ferida.
    Instante, segredos do tempo – eu cicatrizo.
    Efêmero, até mosca passa – eu passei.
    Olhar, de pedra laminada ou sedimentada – eu marco o tempo.
    Momento em lentes espelhadas, reflexos – eu embranqueço.
    Átimo, átomo, parte do todo – eu atino.
    Tempo, templo de saudade, passado – eu, presente.
    Inserção, pulga de vira-lata – eu, universo.
    O pensamento, o que pensar? – eu sinto.
    Devaneio, passeio sem rumo – eu freio.
    Palavras e Pigmentos, amor, adeus – eu amaldiçôo.
    Suspeições, suspensões – eu peço altas.
    Brinco, na orelha – eu escuto.
    Cristal, frágil e colorido – eu cristalino.
    Vida Útil do Tempo – eu temporizo.

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